domingo, 14 de setembro de 2008

Trinta


Balzaquiana...

30 anos de vida...

Como é bom lembrar das fases de nossa vida.

Quando eu tinha 10 anos, não tinha preocupações.

Nos meus 15  anos, passei  o aniversário mudando de casa e adorava fazer os trabalhos de desfiles e fotos no interior.

Aos  18 anos, uma festa em minha casa se realizou e ganhei o meu primeiro buquê de rosas dos amigos do terceiro colegial. Fiquei emocionada.

Na mesma idade, passei no vestibular e  me mudei para a Capital para estudar e trabalhar.

Houve uma grande reviravolta na minha vida.

Com 20 anos, muitos sonhos,  ilusões e desilusões.

Aos 23 anos, me formei e passei na prova para atuar na minha profissão querida.

Coisa que muitos dos meus colegas não conseguiram, apesar de quererem tanto.

Nesse momento me senti realizada...Chorei, ri, dancei...Nossa por quanta pressão passei.

Me lembrava de meus pais, que tanto sofreram para manter eu e meus irmãos nos mehores colégios. Sempre diziam: "Estude para vencer".

Dos 24 anos aos 28 anos, é que comecei a sair e me divertir um pouquinho, e fiz a minha primeira viagem ao exterior. Foi demais.

Com 29 anos, me casei com o amor da minha vida.  Sabe aquela história de "bater o sininho"? Pois é, foi isso mesmo que aconteceu comigo. Hoje não troco a minha vida de casada pela de solteira. É muito gostoso. 

Hoje aos 30 anos, estou mais realizada porque senti o quanto sou querida, amada.

Uma festa surpresa foi o meu presente. Amei!!!

Sentir o abraço sincero, o olhar amigo das pessoas que você mais gosta, não tem preço.

Amigos se vão, amigos se mudam, amigos aparecem, mas nunca são esquecidos.

Fui surpreendida mais uma vez com as declarações do meu amor.  

Não entrei na crise dos 30, como muitas mulheres!  Bom, ainda não...rs

Entrei no clube das balzaquianas, mais madura, sensual, menos tímida, mais realista e, mais vivida.

 Sei que rugas aparecerão (estou prevenindo..rs), mas o que mais importa é a expressão do olhar, a saúde e as pessoas amadas.

Nunca tive medo da idade chegar, aprecio as pessoas que sabem envelhecer, mas, principalmente, cuidar de si. Aprecio as pessoas que  sabem viver.

Bom, hoje os tempos são outros.

 Antes, a mulher com essa idade, não tinha estudos, era do lar, era submissa, era casada, já tinha filhos , e se não era, as pessoas diziam que estava encalhada. 

Atualmente, não. Não são cobradas nesse sentido. As mulheres são donas de si, são estudadas e estão no mercado de trabalho e batalham muito, podem escolher casar ou não, ter filhos ou não tê-los.

Aos 30,  começa um novo sentimento de vida: as dúvidas vão se modificando, os medos são substituídos e os valores aperfeiçoados

Enfim:

"Uma mulher de trinta anos tem atrativos irresistíveis para um rapaz... obedece a um sentimento consciente. Escolhe... dando-se. A mulher experiente parece dar mais do que ela mesma, ao passo que a jovem, ignorante e crédula, nada sabendo, nada pode comparar nem apreciar... Uma mulher... se esconde sob mil véus... Afaga todas as vaidades... Chegando a essa idade, a mulher sabe consolar em mil ocasiões em que a jovem só sabe gemer. Enfim, além de todas as vantagens de sua posição, a mulher de trinta anos pode se fazer jovem, desempenhar todos os papéis, ser pudica e até embelezar-se com a desgraça" (“A Mulher de Trinta anos”, DeBalzac)

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